quinta-feira, 28 de julho de 2016

A História se repete: DAGOBERTO LEVA APOIO E REJEIÇÃO À CAMPANHA DE ROSE


(*) Valdir Cardoso



Depois de levar um sonoro “NÃO” dos velhos companheiros do PT, o deputado Dagoberto Nogueira (PDT), como presidente do partido que já teve a maior bancada na Assembleia Legislativa já ameaça levar o seu apoio e rejeição à estacionada pré-candidatura da tucana professora Rose Modesto, a “não investigada”, que tenta chegar à Prefeitura em uma dura disputa com os até aqui principais postulantes ao cargo: o “ungido” representante religioso do PSD, deputado Marquinhos Trad, e o “reconduzido” Alcides de Jesus Peralta Bernal, que se coloca como o verdadeiro Ser Supremo e dono de tudo, inclusive do caos no qual está atolada a esburacada Campo Grande que já foi de todos nós, isto tudo sem se falar no potencial do “Pequeno” Davi, do nanico PDC, e de uma possível surpresa que pode vir dos Democratas.
Desta forma, o ilustre deputado Dagoberto Nogueira dará mais uma vez a sua contribuição para que Campo Grande continue por mais quatro anos sendo administrada por incompetentes que não têm nenhum compromisso com a cidade e sua gente, assim como fez ao ser lançado vice na chapa do ex-deputado Edson Giroto, em 2012, levando poucos votos e enorme rejeição ao ex integrante do PR e
PMDB, Edson Giroto.

A história se repete e continuamos na triste e humilhante opção de sermos obrigados a votar no “menos pior”.
Só nos resta, portanto, elevarmos nossas preces ao verdadeiro DEUS, sem a intercessão dos faltos profetas, semideuses, “ungidos” ou “não investigados”, acima de qualquer suspeita. Oremos, pois reza, água benta e canja de galinha nunca fez mal a alguém        


 (*) Valdir Cardoso é jornalista há 47 anos e foi vereador por dois mandatos consecutivos, presidente da Câmara Municipal da Capital, prefeito de Campo Grande, deputado estadual, chefe de gabinete da Secretaria de Estado da Saúde, subchefe da Casa Civil e assessor especial do governador Pedro Pedrossian.     

sábado, 23 de julho de 2016

CAMPO GRANDE E SEUS PREFEITOS




Valdir Cardoso//


Desde 1902, quando os campo-grandenses foram às urnas para escolher o seu primeiro prefeito, elegendo o empreendedor italiano de nascimento Bernardo Franco Baís, que abriu mão do cargo permitindo a posse do seu vice-prefeito Francisco Mestre, Campo Grande foi administrada por cidadãos que honraram o cargo para o qual foram eleitos, nomeados ou que assumiram interinamente. Esta longa série foi interrompida em 2012, cento e dez anos depois, com uma eleição atípica onde onde o que valeu foi o desejo de mudança a qualquer custo... deu no que deu.

 A prova de tal assertiva está na comprovada aprovação popular que receberam nas urnas em eleições posteriores ao exercício do cargo, uma vez que vários foram eleitos para nos representar nos legislativos estadual e federal e até para o executivo, como aconteceu com a história política dos ex-prefeitos da Cidade Morena: Arnaldo Estevão de Figueiredo, Fernando Corrêa da Costa, Wilson Barbosa Martins, Marcelo Miranda Soares e André Puccinelli, que governaram Mato Grosso e Mato Grosso do sul com inegável apoio popular.

CIDADE SEM MEMÓRIA

Diante da preocupação dos órgãos sustentados pelos cofres públicos, integrantes de todos os poderes, em enaltecer as “virtudes” daqueles que momentaneamente têm as chaves do cofre, tornando-os acima de qualquer suspeita, a história da cidade vai morrendo aos poucos e todos aqueles que participaram da vida pública em épocas não tão distantes, porém marcante, pois preservaram e tornaram realidade o sonho de entregando às gerações seguintes uma bela cidade para se viver, esta metrópole cosmopolita que é nossa Campo Grande. Temo que chegará um dia em que se perguntarem a um homem de comunicação quem foi Ramez Tebet, Nelson Trad, Zenobio dos Santos, muitos dirão: São conjuntos habitacionais situados em regiões distantes do centro da cidade; Pedro Pedrossian?  Ah, esta é fácil:  é o nome do Estádio abandonado no complexo da UFMS; Albino Coimbra Filho? “Moleza: É a denominação do Posto de Saúde da Vila Almeida, que nem médico tem; Antonio Mendes Canale? “Fácil, muito fácil: deve ser o nome do engenheiro que construiu a nova Estação Rodoviária de Campo Grande, pois lá tem uma “praca” com o nome dele”; Heráclito Figueiredo (engenheiro Heráclito José Diniz de Figueiredo)? “Outra muito fácil: é o nome de uma avenida que é continuidade da Ernesto Geisel”; Dr. Plinio Barbosa Martins? ”Fácil, fácil: nome de uma escola municipal no Jardim das Macaúbas”.

Estes exemplos são apenas alguns relacionados com uma infinidade de pessoas que participaram e escreveram parte da nossa história e vão ficando esquecidos e são reverenciados apenas em homenagens chinfrins que não condizem com o que eles realmente representam ou deveriam representar para as futuras gerações. Ramez Tebet, por exemplo foi prefeito de Três Lagoas, deputado Estadual, vice governador e governador de MS, senador e presidente da República, cargo que ocupou quando era presidente do Senado; Nelson Trad, o pai, grande advogado criminalista, vereador e vice prefeito de Campo Grande, cassado pela ditadura por suas posições políticas corajosas, deputado estadual por dois mandatos e cinco vezes consecutivas eleito deputado federal por Mato Grosso do Sul; Zenobio Neves dos Santos, deputado estadual e um dos mais hábeis e éticos parlamentares que passaram pelo legislativo Estadual; Pedro Pedrossian, o homem de Miranda, é considerado o maior governador de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, com uma obra muito à frente do seu tempo, e responsável por tirar o velho estado da estagnação centenária; Albino Coimbra Filho, odontólogo e professor universitário, vereador, presidente da Câmara Municipal, prefeito de Campo Grande e deputado Federal; Antonio Mendes Canale foi simplesmente deputado estadual, federal, senador da República e prefeito por dois mandatos em Campo Grande; Heráclito Figueiredo conheceu Campo Grande durante uma participação no projeto Rondon e depois de formado deixou o Estado natal para se radicar na cidade onde constituiu família e ocupou vários cargos na administração pública, sendo inclusive prefeito da Capital; Plínio Barbosa Martins foi eleito prefeito de Campo Grande em 1966 depois de ter sido vereador e advogado brilhante, tendo ocupado por concurso o cargo de auditor da 9ª Região Militar. Homem íntegro que deixou sua marca na história local.

A nossa história e nossa cultura vêm sendo relegadas a um segundo plano isto porque os que assumem importantes cargos públicos não permitem que seus antecessores sejam lembrados simplesmente porque temem comparações, se esquecendo que amanhã eles também farão parte do passado e quem não respeita o passado, a história e a cultura de um povo, não tem futuro.

 UMA CIDADE À DERIVA... SEM RUMO

O que ocorre hoje na Capital de Mato Grosso do Sul, vivendo um verdadeiro caos administrativo e político jamais visto em sua história, mesmo nos momentos de graves crises, como ocorreu com o assassinato do prefeito Ary Coelho de Oliveira´, em 1952, no velho Mato Grosso, ou quando da renúncia do prefeito Marcelo Miranda que deixou o cargo para  assumir o governo de MS, em 1979, substituindo o engenheiro Harry Amorim Costa , quando a prefeitura passou a ser administrada por interinos, no caso aqueles que ocupavam a presidência da Câmara de Vereadores, ou por prefeitos nomeados pelo chefe do Executivo Estadual, isto porque todos os sucessores, sem exceção e falsa modéstia, souberam respeitar a liturgia do cargo demonstrando, além de capacidade administrativa, grande respeito e amor pela cidade e sua gente.
Esta beligerância imbecil que se verifica no relacionamento entre o prefeito eleito, afastado e  reconduzido Alcides Peralta Bernal e a Câmara de vereadores, cujos membros foram condenados na mídia e nas redes sociais antes mesmo do julgamento final pelo poder judiciário, só tem provocado o descrédito da classe política e da imprensa comandada por aqueles que liberam as verbas públicas, transformando “aquilo” que já foi considerado o 4º Poder da República em um simples apêndice dos governos que mesmo eleitos pelo voto popular agem como ditadores de plantão, caso específico do atual mandato dos “tucanos” no Mato Grosso do Sul.
Faltando pouco mais de 90 dias para a eleição municipal, apesar de existir dois candidatos que estão em campanha aberta há vários anos e uma candidata “abençoada” pela administração estadual não grande esperanças de que têm condições de tirar a Capital da estagnação em que se encontra , pois um proclama ser “o Ungido de Deus”, o outro se considera “o próprio Deus” e a escolhida pelos formuladores de um projeto que visa implantar um “Rei Naldo tucano” no Mato Grosso do sul usando artimanhas condenadas por serem aéticas, se apresenta como a “salvadora da pátria”, sem ter nenhuma experiência administrativa.

A única esperança que ainda resta é aparecer uma candidatura com proposta séria e compromisso com a cidade. O último prazo para a realização das convenções para escolha dos candidatos à Prefeitura e Câmara de Vereadores, que pode marcar o início de um processo visando recolocar Campo Grande no rumo do desenvolvimento, é o dia 5 de agosto. Será que vai acontecer alguma surpresa? 

sexta-feira, 22 de julho de 2016

CAMPO GRANDE QUER UMA NOVA OPÇÃO PARA A PREFEITURA






BOM DIA e ótimo final de semana aos amigos e amigas do nosso Face. Do jeito que a coisa anda em termos de candidatos à Prefeitura da Capital, se não surgir nenhuma nova candidatura com chances de ir para o segundo turno teremos que optar pelo "menos pior" porque até agora a ameaça da permanência do caos atual é quase uma certeza. Aqueles que estão preocupados com o quadro atual já pensam até em fazer por exclusão. Em tempo: nem tudo está perdido: Até o dia 5 de agosto, último dia para a  realização das convenções para escolha dos candidatos a prefeito e vereador pode aparecer uma nova opção, com certeza um pouco melhor do que tem sido apresentado até agora. Política é muito dinâmica... Vamos torcer até o último minuto do segundo tempo.

segunda-feira, 18 de julho de 2016

TUDO PODE ACONTECER... INCLUSIVE ROSE MODESTO TER PRÉ CANDIDATURA MANTIDA



Apesar dos fortes comentários, a maioria com origem em setores importantes do governo tucano, dando conta de que a vice governadora Rose Modesto poderá ser substituída por integrante da bancada adesista, formada por deputados adquiridos depois da posse do governador Reinaldo Azambuja, na disputa pela prefeitura de Campo Grande pode não passar de boatos visando abrir espaço para uma composição mais ampla, o que não passaria de uma ação já identificada como “fogo amigo” e ainda de setores que se preocupam com uma possível reaproximação de Nelsinho Trad com o ex governador André Puccinelli.  
O endereço certo seria atrair o PTB para o “guarda-chuva” do PSDB, impedindo de uma vez por todas a possível coligação entre PTB, PSD, DEM e PMDB com Nelsinho Trad para prefeito, passando por uma difícil negociação com o deputado Marquinhos Trad.
Ao insinuarem que a professora Rose Modesto não teria crescido eleitoralmente como se esperava e isto poderia abrir a possibilidade do lançamento de um “novo tucano”, integrante do grupo adesista, que é formado pelos deputados estaduais Humberto Pereira, Felipe Orro (ex-PDT), Mara Caseiro ( ex-PMB) e o suplente em exercício do mandato de deputado federal pastor Elizeu Dionizio (ex-SDD) seria um sinal para atrair Nelsinho Trad e também para provocar um pronunciamento do governador Reinaldo em defesa da continuidade da candidatura da sua vice governadora, o que não ocorreu até o momento.
As próximas horas serão definitivas para uma definição dos indecisos tucanos que querem abraçar todas as tendências mesmo que tenha que sacrificar companheiros.
Na opinião de abalizados analistas pode acontecer tudo, inclusive a divulgação de uma nota do governador confirmando que ela será mesmo o nome do PSDB na disputa. Ou não.             

  

Apesar dos fortes comentários, a maioria com origem em setores importantes do governo tucano, dando conta de que a vice governadora Rose Modesto poderá ser substituída por integrante da bancada adesista, formada por deputados adquiridos depois da posse do governador Reinaldo Azambuja, na disputa pela prefeitura de Campo Grande pode não passar de boatos visando abrir espaço para uma composição mais ampla, o que não passaria de uma ação já identificada como “fogo amigo” e ainda de setores que se preocupam com uma possível reaproximação de Nelsinho Trad com o ex governador André Puccinelli. 

O endereço certo seria atrair o PTB para o “guarda-chuva” do PSDB, impedindo de uma vez por todas a possível coligação entre PTB, PSD, DEM e PMDB com Nelsinho Trad para prefeito, passando por uma difícil negociação com o deputado Marquinhos Trad.

Ao insinuarem que a professora Rose Modesto não teria crescido eleitoralmente como se esperava e isto poderia abrir a possibilidade do lançamento de um “novo tucano”, integrante do grupo adesista, que é formado pelos deputados estaduais Humberto Pereira, Felipe Orro (ex-PDT), Mara Caseiro ( ex-PMB) e o suplente em exercício do mandato de deputado federal pastor Elizeu Dionizio (ex-SDD) seria um sinal para atrair Nelsinho Trad ou provocar um pronunciamento do governador Reinaldo em defesa da continuidade da candidatura da sua vice governadora, o que não ocorreu até o momento.

As próximas horas serão definitivas para uma definição dos indecisos tucanos que querem abraçar todas as tendências mesmo que tenha que sacrificar companheiros.
Na opinião de abalizados analistas pode acontecer tudo, inclusive a divulgação de uma nota do governador confirmando que ela será mesmo o nome do PSDB na disputa. Ou não.             

  

terça-feira, 12 de julho de 2016

ROBERTO ORRO COMEMORA ANIVERSÁRIO AO LADO DE FAMILIARES E VELHOS AMIGOS.


ROBERTO ORRO COMEMORA ANIVERSÁRIO AO LADO DE FAMILIARES E VELHOS AMIGOS.

Ex-deputado Roberto Orro e seu filho , o também deputado Felipe Orro.



O advogado, produtor rural e ilustre cidadão aquidauanense, Roberto Moacar Orro, que na vida pública foi secretário de Justiça, deputado Estadual, suplente de senador, presidente da Assembleia Legislativa tendo, em virtude do cargo, assumido o cargo de governador do Estado durante uma viagem do governador Wilson Barbosa Martins, completou 78 anos no último dia 6 e recebeu na fazenda Guanabara, no município de Terenos,, no último domingo familiares e velhos amigos  que compareceram para abraçar esta figura ímpar que se destacou na atividade política pela sua inteligência, dedicação e coragem na defesa do estado de direito, desde a época brava do AI 5, como fundador do MDB - Movimento Democrático Brasileiro.
Na foto ao lado, o presidente da ACRISUL, ex-deputado Jonatan Pereira Barbosa com Valdir Cardoso, que foram colegas de Roberto Orro na Assembléia Legislativa. Outro ex-parlamentar que esteve presente para cumprimentar Roberto Orro foi o engenheiro e produtor Rural Ricardo Bacha.




sexta-feira, 8 de julho de 2016

COM ANDRÉ FORA DA DISPUTA MÁRCIO SERÁ O NOME DO PMDB




O ex-governador André Puccinelli deverá encaminhar nota à imprensa tornando pública a sua decisão a respeito da sucessão municipal em Campo Grande, informando que não será candidato “dando um adeus à possibilidade de voltar a administrar a Prefeitura da Capital”, entretanto, sem deixar de participar da política sul-mato-grossense. Em virtude da decisão que já teria sido tomada por André, a cúpula peemedebista já teria optado pelo jovem deputado estadual Márcio Fernandes para ser o nome do partido no pleito deste ano.

Da reunião teriam participado durante toda a manhã de hoje, os peemedebistas senador Waldemir Moka, senadora Simone Tebet, deputados estaduais Eduardo Rocha e Márcio Fernandes e a vereadora Carla Stephanini.

A decisão do ex-governador, bem como a indicação da pré-candidatura de Márcio Fernandes à Prfefeitura da Capital poderá ocorrer nas próximas horas. Segundo fontes ligadas ao PMDB dão conta que a decisão é embasada no fato de que “partido grande não pode se abster e sair a reboque de outras agremiações.


DEU NO MIDIAMAX: Para ex-presidente do TRE, reunião de Rose no Sebrae feriu legislação


terça-feira, 5 de julho de 2016

PSB SUCUMBE AOS "ENCANTOS TUCANOS"




(*) VALDIR CARDOSO

O PSB da tradicional socialista Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias, depois de ter sido acusada de ser uma parlamentar portadora de um grave defeito, imperdoável para os padrões "tucanos" e políticos, o de ser uma pessoal ética e leal por ser fiel ao ex-governador André sucumbiu ao poderio do governador Rei Naldo A. da Silva, se entregando aos atrativos apresentados à direção nacional do partido que está matando a história de Miguel Arraes.
A partir de agora, Tereza Cristina, Zé Carlinho (deputado estadual, secretário de Justiça e Segurança Pública e ex-prefeito de Angélica (cidade criada pelo saudoso Humberto Neder (esquerdinhas de merda nem se lembram deste ícone da nossa história de resistência), o "nariz empinado", "delcidiano arrependido" Ricardo Ayche, já investigado por fazer uma boa administração à frente da CASSEMS (por ordem do governador) são bem vindos ao ninho de cobras, ops, ao "ninho tucano" comandado pelo "capacete iluminado" CAA ( Sobrou um "A" e faltou um "C" para ser o que é: uma caca) e pelo ínclito Sérgio de Paula, cientista político formado pela URDSD (Universidade Regional do Submundo Douradense) e pelo vereador Carlos Borges , o Carlão, que nem no seu tempo de assessor do ex vereador Antonio Braga andou tão mal acompanhado, quando era apenas um simples líder comunitário: "involuiu".
Diante dos fatos, alguém duvida  que o "reizinho" e sua corja estão tentando implantar um oligarquia retrógrada em nosso MS, com os aplausos dos melancias do PPS, enrustidos no Governo tucano e no PP do Bernal?. Por hoje é só, ou querem mais?

sexta-feira, 1 de julho de 2016

POSSIBILIDADE DE ANDRÉ ENTRAR NA “BRIGA” AGITA OS MEIOS POLÍTICOS DE CAMPO GRANDE

(*) Valdir Cardoso
André Puccinelli, em seu primeiro mandato como prefeito.
O anúncio do ex-governador André Puccinelli admitindo discutir sua candidatura a prefeito de Campo Grande acirrou o assédio do PSDB para ter o apoio do PMDB à candidatura da vice-governadora Rose Modesto, bem como recrudesceu a pressão que se faz em cima do líder partidário para que ele aceite o desafio de entrar na disputa que visa, não um “bem maior”, mas a oportunidade de tirar Campo Grande do caos administrativo no qual se encontra desde 2013, que sem sombras de dúvidas seria o verdadeiro bem maior.

ASSÉDIO AO DEM
Os democratas liderados pelo deputado federal Luis Henrique Mandetta, têm sido assediados para formar na coligação com o PSD de Marquinhos Trad e também pelo PSDB, partido que mesmo não tendo prestigiado o deputado mais votado da coligação que elegeu Azambuja em 2014, o vê hoje como peça chave no encaminhamento da sucessão municipal, e pelo grupo que deseja a candidatura do ex-prefeito André, que destaca o bom trabalho que Mandetta vem realizando em Brasilia.



DEPUTADA SOFRE ACUSAÇÃO HILÁRIA



Já com o PSB acontece um fato quase hilário, pois a presidente regional da agremiação, deputada Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias, desde o início  tem manifestado o desejo de continuar ao lado do ex-governador André, de quem foi Secretária de Produção, tendo recebido total apoio do então chefe do Executivo para sua eleição em 2014, pois ao mesmo tempo em que é assediada pelos tucanos, com propostas altamente vantajosas, a cúpula nacional do seu partido insiste para que o PSB tenha candidato (a) à prefeitura da Capital neste caso o nome em destaque é o dela. Não acreditando muito nas propostas “tucanas” que englobam itens como “apoio a uma eventual candidatura da parlamentar ao Senado em 2018. Além de outras vantagens não divulgadas. Por seu turno, o “articulador” da política tucana para Campo Grande, o ex-gerente de banco e oriundo de Dourados, Sérgio de Paula, tem manifestado internamente uma grande preocupação com o futuro posicionamento da deputada socialista Tereza Cristina, acusando-a de ser “uma pessoa muito leal ao ex-governador André Puccinelli”. Perfeitamente explicável uma vez que no jeito “tucano” de fazer política “ser leal e ética são defeitos graves”...

COMO GANHAR O APOIO DO PMDB?


Usando uma estratégia que não deu certo no passado, quando um grupo tentou implantar uma estrutura partidária que seria denominada de “PEDRISMO SEM PEDROSSIAN”, isto é, queriam utilizar o potencial político eleitoral do ex-governador Pedro Pedrossian, porém sem a presença do líder que acabou sendo eleito governador em 1990, os tucanos querem agora “O PMDB do André... sem o André”.  A história se repete: Vão dar com os “burros n’água”.
Lógico que através do articulador palaciano de nome Sérgio de Paula, secretário chefe da Casa Civil do governo Azambuja e secretário de Fazenda da profícua administração do ex-prefeito de Dourados Humberto Teixeira, busca junto ao presidente regional do PMDB e da Assembleia Legislativa, deputado Junior Mochi o apoio peemedebista à candidatura tucana, aceitando até a retirada do nome de Rose Modesto, lançando outro nome e garantindo a reeleição de Mochi na AL, mesmo o PSDB tendo a maior bancada na Casa, fato conquistado depois de ter destroçado a maioria peemedebista e reduzindo em 75% a bancada do PDT com a aquisição dos adesistas Beto Pereira e Felipe Orro.
A estratégia do PSDB, tão maquiavélica quanto a teoria de que “os fins justificam os meios” consiste ainda em mais vantagens ao PMDB sem André: garantia de apoio à reeleição do senador Waldemir Moka, em 2018, proposta esta que ainda não foi colocada na mesa simplesmente porque o senador peemedebista tem também o mesmo grave defeito da  deputada Tereza Cristina: é um político partidário, ético e leal e isto na visão distorcida do "tucanato" é algo inaceitável. 

VAGA PARA O SENADO: MOEDA DE TROCA?

Além da oferta feita por De Paula da vaga de senador a Tereza Cristina e ao senador Moka, o próprio “tucano mor”, governador Reinaldo Azambuja já sinalizou ao deputado federal Zeca do PT que o PSDB não lançaria candidato ao senado em 2018, o que abriria o caminho para a eleição do petista ao Senado, que é o sonho já declarado do ex-governador. O duro é que os três já não acreditam em “papai Noel” e sabem de antemão palavra deste grupo tucano não vale mais do que um risco na água.

PAVIMENTANDO UMA AVENIDA, SEM BURACOS PARA BERNAL
Prefeito Alcides Bernal(PP). Foto midiamax

Com políticos sem nenhum compromisso com a história ou que já tenha prestado qualquer tipo de serviço a Campo Grande decidindo o futuro político da Capital sul-mato-grossense, o tiro poderá sair pela culatra e, mais uma vez, o PSDB do “Coronel Azambuja” e do títere Sérgio de Paula estarão abrindo uma enorme avenida, sem buracos, para que o advogado, radialista e despreparado prefeito da cidade, Alcides Bernal (PP) seja de fato “reconduzido” ao cargo que hoje ocupa por determinação da Justiça e Campo Grande pode se preparar para conviver com a estagnação por mais quatro anos.


PR PODE PULAR FORA


Setores do PRPartido da República estranham o recuo do PSDB em relação ao nome do pré-candidato a vice-prefeito na futura chapa tucana. Claudio Mendonça, lançado com pompa e depois praticamente destituído da composição, através de afirmações de tucanos dando conta de que não havia nada decidido. O fato pode ter desagradado uma figura emblemática e que não admite brincadeira com coisa séria, que o empresário Osvaldo Possari, que é sogro do dirigente do SEBRAE/MS. Isto acontece quando analfabetos políticos assumem funções que exigem conhecimento de causa. Até o “capacete iluminado” agiria de forma diferente, até porque vive em Campo Grande há mais tempo.





MANDETTA OU PEDROSSIAN NETO COMO VICE DE ANDRÉ


As movimentações de bastidores, as quais quase sempre acabam vazando para um seleto grupo, que mantém tudo no mais absoluto segredo, dão conta que forte movimento de peemedebistas no sentido de indicar ao ex-governador André Puccinelli o nome do deputado FEDERAL Henrique Mandetta, presidente regional do DEM e do jovem economista Pedro Pedrossian Neto, filiado ao PSB e ex-superintendente da Secretaria de Produção na época que a deputada Tereza Cristina deixou a secretaria para se dedicar à campanha de 2014, como opções em caso de uma coligação entre o PMDB/DEM/PSB. O assunto vem sendo mantido em segredo, mas sempre vasa. Isto tudo deve ser avaliado em ampla pesquisa.


ZECA DO PT PODE SER “INTIMADO” PELO PT PARA ENTRAR NA DISPUTA

Ainda em virtude da possível entrada do ex-governador André Puccinelli (PMDB) na disputa pela prefeitura da Capital já vem provocando um verdadeiro reboliço nas hostes petistas, com um forte grupo do desgastado Partido dos trabalhadores aventando a possibilidade de “intimar” o deputado federal Zeca do PT a reeditar a disputa de 19996 quando foi derrotado por André por uma pequena margem de votos. O parlamentar petista não foi localizado para confirmar se está sendo chamado para   representar o partido em uma chapa que poderia ter um deputado estadual, Cabo Almi, Pedro Kemp ou Amarildo Cruz. Fala-se também no nome do ex-deputado federal Antonio Carlos Biffi como vice de Zeca, já que ele seria beneficiado em caso de uma vitória petista, pois é o primeiro suplente da bancada petista. O nome do deputado Vander Loubet não foi lembrado...

 (*) Valdir Cardoso é jornalista. Foi vereador por dois mandatos, presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, prefeito da Capital, chefe de gabinete da Secretaria de Estado da Saúde de MS, subchefe da Casa Civil e Assessor especial do governador Pedro Pedrossian. Estadual