domingo, 30 de dezembro de 2012

Tapa-buracos, transportes coletivos e Mídia: "As Galinhas dos Ovos de Ouro"


AS GALINHAS DOS OVOS DE OURO


(*) Valdir Cardoso 

A maioria das pessoas bem informadas de Campo Grande tem conhecimento de que durante os últimos oito anos esta palhaçada chamada operação “tapa-buracos”, as concessões para a exploração dos serviços de Transportes Coletivos dadas pela Prefeitura e a Mídia “rateada” – o que vem a calhar - aos áulicos do Poder, foram, sem sombras de dúvidas, as fontes arrecadadoras para a manutenção da estrutura de grupos políticos que integram a “corriola” do já quase ex-prefeito Nelson Trad Filho. Eram estes segmentos as verdadeiras “galinhas dos Ovos de Ouro”.

Sabe-se que é praticamente impossível mensurar quantas toneladas de material betuminoso é aplicado para cobrir os buracos que surgem após qualquer chuvisco na frágil pavimentação dos bairros de Campo Grande, cujas ruas apresentam um verdadeiro retalho em seu leito “carroçável”, nome apropriado, isto porque após o fechamento das “crateras” tais vias ficam parecendo pista para carroças mesmo.

TAPA-BURACOS  

O único serviço que nunca parou durante os oito anos do mandato que expira nas próximas horas foi a operação “tapa-buracos”, terceirizado para duas empresas há mais de seis anos, como se a Prefeitura não tivesse condições para executar tal serviço por administração direta, o que reduziria o seu custo em –pasmem- mais de 60% . E não tem condições mesmo, porque em passado não tão distante tinha e estava preparada, mas hoje c om os maquinários, caminhões etc., estão completamente sucateados pela ação do tempo e de uma gestão imcompetente à frente da secretaria de Obras da Prefeitura.

Muitas vezes este problema foi atacado até certa virulência por vereadores da própria base do prefeito em fim de mandato, dentre os quais dois de seus ex-líderes, que depois dos primeiros “ataques” eram silenciados, possivelmente em troca de algumas benesses em outra área. Outras vezes, os “denunciantes” queriam mesmo era indicar uma nova empreiteira para pegar o rico filão da “galinha dos ovos de ouro”, que sorveu, derreteu e esbanjou recursos que poderiam ter sido aplicados na Saúde e na Educação.

Se falo/escrevo sobre a execução de serviços por administração direta pelas prefeituras é porque tive a oportunidade de, ao assumir a prefeitura de Campo Grande, em menos de duas semanas construímos uma ponte sobre o córrego Segredo, na Rua Euler de Azevedo, no Bairro São Francisco, reestabelecendo o tráfego de veículos para a CopaSul e toda a saída para a BR 080, saída para Rochedo, que estava interrompido a mais de seis meses. Testemunhas estão aí: os antigos comerciantes da região e os verdadeiros executores da obra: Engenheiros José Divino, meu secretário de Obras, hoje aposentado como engenheiro do Município e o também engenheiro Wilson Cabral, atual Secretário de Obras do governador André Puccinelli. Na época, “Cabralzinho” era um engenheiro recém-formado e trabalhava mais de 10 horas por dia, porque a Gestão que tinha como slogan “O Povo no Poder” executava obras por administração direta e economizava para os cofres públicos. FICA A DICA.


TRANSPORTES COLETIVOS

Como é do conhecimento geral, os serviços de transportes coletivos são executados por empresas particulares que, obviamente, visam lucros e são castigadas pelo excesso de “gratuidades” e principalmente, o que é pior, sofrem com o pagamento de propinas a gestores do setor, forçando aí a elaboração de uma planilha falsa, o que ENCARECE o preço da tarifa.

Este setor, aliás, é um dos que o prefeito a ser empossado, Alcides de Jesus Bernal, conhece muito bem até porque foi presidente da Comissão de Transportes da Câmara de Vereadores e já teve o patrocínio da ASSETUR, entidade que reúne as empresas que exploram os transportes coletivos em Campo Grande, em um dos seus programas na mídia.

MÍDIA... SÓ PARA APANIGUADOS

Este também poderá ser um assunto que deve merecer a atenção da próxima administração e da futura Câmara de Vereadores da Capital. Até 31 de dezembro só eram aquinhoados com recursos da verba de divulgação da Prefeitura da Capital aqueles que estavam em uma relação que só o prefeito e o super-secretário Paulo Nahas ( aliás, um dos poucos auxiliares competentes, ao lado de Cesar Estoduto (Receita) e Maria Cecília Amêndola (ex-titular da Educação) tinham acesso. O pobre do assessor de comunicação social só recebia a relação depois de liberada pelo chefe, com os nomes dos apaniguados/beneficiários da verba pública. Um fantoche e por isto mesmo seus antecessores pediram o boné.   

A solução para esta área é simples e tudo indica que o futuro prefeito fará modificações, porque, como homem de imprensa, ele sabe que a imprensa séria (se é que existe...) só recebe o pagamento correspondente às inserções de interesse do Município e não pelos elogios escancarados a um prefeito narcisista.

A solução aqui é simples: Exija principalmente dos sites de notícias RELATÓRIOS DE ACESSO emitidos pelo GOOGLE ANALITIC, que não manipulado, pois existem sites e blogs que não têm nem vinte acessos diários e recebem (só até dia 31/12) valores enormes dos cofres municipais. Isto sem se falar em “devezenquandários”, revistas sem nenhum conteúdo e de circulação duvidosa que eram beneficiadas. Isto precisa acabar, e já.

E O BERNAL, VAI MATAR A GALINHA DOS OVOS DE OURO?

Apostas já são feitas que dificilmente a indústria do “Tapa-buracos” será sepultada, porém é quase certo que aqueles que exigiram mudanças passarão a exigir ações seguras e não a simples troca de empreiteiras para executar os serviços de recuperação da esfarelada malha asfáltica de Campo Grande. A saída repito, mais uma vez, é a imediata recuperação dos equipamentos da Secretaria de Obras e a compra de novos caminhões para atender a demanda da secretaria.

Se ela não executa nenhum serviço, pergunto: Para que serve a onerosa secretaria de Obras?

Este artigo pode até servir de orientação ao prefeito, em relação aos três setores, e deve ser levado a sério porque é assinado, modéstia as favas, é assinado por alguém que já passou por lá e saiu, graças a Deus, de mãos e consciência LIMPAS.

Por outro lado é perfeitamente natural que é de “onde nada se espera é pode sair algo surpreendente... ou nada mesmo”. FICA A DICA.

(*) O autor é jornalista e foi vereador, presidente da Câmara Municipal, prefeito de Campo Grande e deputado estadual. É editor do Site www.ojornalms.com.br  

      

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Prefeito Bernal no Rumo certo


(*) Valdir Cardoso


Não restam dúvidas que foi necessáriaa intervenção de “bombeiros de plantão”, principalmente a providencial ação do coordenador do evento denominado “Amigos da Paz”, Carlos Alberto Assis, para que o atual prefeito, Nelson Trad Filho, e o prefeito eleito, deputado Alcides Bernal, mantivessem o primeiro contato público e cordial, encontro realizado na tarde de sábado no Estádio Elias Gadia.

(Foto Cleber Gellio /midiamax.com)


Os dois administradores deram uma demonstração que finalmente entenderam que Campo Grande e sua gente são muito mais importantes do que suas eventuais divergências ou interesses políticos. 

Deram o primeiro passo para que a Capital de Mato Grosso do Sul continue no “Rumo Certo”, sem que nenhum grupo abra mão de suas convicções e interesses pessoais porque falar em ideologia quando se trata de político brasileiro é uma verdadeira blasfêmia. 

Dando sequencia à demonstração de civilidade na presença de jornalistas e atletas que prestigiaram o tradicional evento esportivo, Bernal e Trad tiveram oportunidade de demonstrar que não é sem razão o apoio popular que têm recebido da população campo-grandense, sendo que o prefeito eleito, além de dirigir brincadeiras a adversários e jornalistas que estiveram contra ele durante a campanha, afirmou textualmente que vai precisar conversar com o prefeito atual e com outros que já passaram pela Prefeitura para “aprender um pouco” com a experiência de seus antecessores, numa clara demonstração de que já desceu do palanque e vai colocar a mão na massa para não decepcionar os seus mais de 270 mil eleitores e tentar conquistar os outros mais de 160 mil que votaram em seu opositor, o deputado federal Edson Giroto. 

Seria o chamado “espírito natalino” que teria movido integrantes das duas principais correntes políticas da capital a darem esta demonstração de que adversários não precisam ser inimigos e muito menos andar de “mãozinha dadas”? Na verdadeprecisam sim agir com responsabilidade e não torcer contra aqueles que terão a obrigação de conduzir com dignidade, entusiasmo e transparência o comando da nossa Campo Grande e da sua população.

A reunião de ontem entre Alcides Bernal e Nelson Trad Filho foi o ponta pé inicial de um relacionamento de respeito mútuo, faltando apenas que o futuro prefeito procure imediatamente aquele que já administrou Campo Grande com inegável sucesso, que é o governador André Puccinelli, que reiteradas vezes tem pregado a união da classe política em benefício do desenvolvimento de Campo Grande e de Mato Grosso do Sul, demonstrando estar plenamente a vontade para dar a sua contribuição para que Alcides Bernal faça uma administração a altura da expectativa daqueles que lhe confiaram o voto, além de impedir que a Capital perca recursos provenientes de convênios que precisam ser implementados imediatamente.

 Apos o encontro entre Alcides Bernal e André Puccinelli poderemos dizer que o prefeito a ser empossado no primeiro dia de janeiro está realmente no “Rumo Certo”.   E aqueles que amam esta terra abençoada por Deus e habitada por gente trabalhadora agradecem, pois a política da “Terra Arrasada” é coisa do passado. 

(*) O autor é jornalista e foi presidente da Câmara de Vereadores da Capital, prefeito de Campo Grande e deputado estadual. É diretor do Site www.ojornalms.com.br

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Eduardo Carvalho: Mais um crime insolúvel?


Valdir Cardoso (*)


O assassinato do proprietário do Site de notícias UH News corre o sério risco de ser incluído no rol dos crimes considerados insolúveis, tais como o de Edgar Lopes de Farias (o Escaramuça), Edgar Pereira, Murilo Boarin Alcaide/Eliane Ortiz, e mais recentemente do desaparecimento de Daniel Alvarez Georges, e ainda as mortes violentas que vitimaram Andrey Galileu Cunha, Paulo Rocaro e de Luiz Henrique Georges (o Tulu), estes dois últimos de Ponta Porã.

Pode parecer estranho que tantos crimes ligados a homens de imprensa ou com fortes ligações com a contravenção e outros sem vínculos com nenhum dos setores (caso de Murilo, que era apenas um garoto) tenham sido cometidos com os mesmos requintes de crueldade e perfeição, sem deixar rastro possível de identificação dos mandantes, o que caracteriza como a autoria sendo de profissionais da pistolagem. O que os coloca no mesmo patamar e muitos deles podem ser facilmente descritos como queima de arquivo ou tentativa de chantagem, e o fato de surgirem “suspeitos” criados para confundir as investigações, deixando os verdadeiros mandantes fora do foco e que, em alguns casos, podem ter o mesmo endereço.

Até um colega jornalista entrou no rol dos “suspeitos fabricados”, políticos e autoridades chegaram a ser acusadas nas redes sociais de terem “ordenado” o assassinato de  polemico e inconsequente Eduardo Carvalho, que fazia questão de falar para quem quisesse ouvir que “tinha as costas quentes e que ninguém teria coragem para tirá-lo de circulação”.

A cortina de fumaça lançada sobre todos estes casos visa proteger alguém muito poderoso, pois a tentativa de envolvimento de autoridades dentre os quais o prefeito Nelsinho Trad se transformou em motivo de chacotas, com pessoas afirmando que, além de relevar passivamente todo tipo de agressão, empurrando tudo com a barriga, o chefe do Executivo da Capital “não é capaz de matar nem um mosquito... da dengue”, quanto mais se vingar violentamente de algum tipo de desafeto.

A ligação entre estes crimes existe, só que ninguém tem coragem de levar uma investigação por este caminho.

E pior: Se por acaso algo for feito neste sentido – para levantar possíveis ligações entre os crimes – uma nova onda de assassinato tende a ocorrer.

Ao fazer esta declaração coloco minhas “barbas de molho”, pois de ameaças já estou de “saco cheio...” Só não quero que elas ( as ameaças) se materializem, pois mais uma vez vou afirmar: Existem ligações entre quase todos os crimes cometidos. Toda semelhança entre eles NÃO É MERA COINCIDÊNCIA. FICA A DICA.

(*) O autor é jornalista e foi presidente da Câmara de Vereadores, deputado estadual de Mato Grosso do Sul e prefeito de Campo Grande. É jornalista e editor do site  http://www.ojornalms.com.br/


quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Ayres Britto ressalta derrubada da Lei de Imprensa como maior legado

 

Presidente do STF se aposenta após completar 70 anos e faz, em entrevista a Renata Lo Prete, balanço dos quase dez anos na corte.


O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Carlos Ayres Britto, considera que o trabalho mais importante que teve em dez anos na corte foi a derrubada da Lei de Imprensa, em 2009. A afirmação foi feita em entrevista à editora de política do "Jornal das Dez", da Globo News, Renata Lo Prete. Assista ao lado à íntegra da entrevista.
Ayres Britto completa 70 anos no próximo domingo (18), quando será obrigado por lei a se aposentar. Sergipano de Propriá, chegou ao STF em 2003, na primeira leva de indicações promovida pelo então presidente Lula. Na quarta (14), presidiu pela última vez uma sessão do tribunal, fez discurso de despedida e foi homenageado.
Eu diria que a mais importante de todas as decisões, a mais importante de todas, foi a que deu pela plenitude da liberdade de imprensa. Por quê? Porque pela liberdade de imprensa ocorre no país o que há de mais importante, mais essencial, quem quer que seja pode dizer o que quer que seja. Responde pelos excessos que cometer, mas não pode ser podado por antecipação"
Ayres Britto
Na entrevista a Renata Lo Prete, o ministro conta momentos difíceis durante o julgamento do mensalão (ação penal 470), diz que "essas decisões do Supremo na ação penal 470 sinalizam uma virada de página na direção de um Brasil com melhor qualidade na vida política", reflete sobre o papel do juiz, os casos que relatou e o legado de transformações de uma presidência de sete meses, uma das mais breves da história do Supremo.
Sobre seu maior legado, o ministro destaca a derrubada da Lei de Imprensa, que havia sido editada 1967, durante o regime militar. Ayres Britto foi o relator do processo no STF que, em 2009, considerou a lei inconstitucional e a revogou. A derrubada da lei da imprensa, segundo o ministro, derrubou toda possibilidade de censura, garantindo que todos possam dizer o que quiserem, sem, no entanto, impedir depois que respondam pelos excessos que cometerem.
Leia a seguir a íntegra da entrevista:
Renata Lo Prete - A dosimetria (definição das penas) saiu mais complicada que a encomenda?
Carlos Ayres Britto - Saiu. Brincando, eu digo que dosimetria é dose. Por que é dose? É algo difícil? Porque é o momento culminante de um julgador apenar, castigar o réu, o ser humano. Aí ele percebe que aquele réu é um ser humano e que faz jus a direitos que são fundamentais, como, por exemplo, o maior de todos, o direito a individualização da pena. A pena tem que ser aplicada por uma forma rigorosamente individualizada, mas individualizada no plano da protagonização objetiva das coisas, mas também da subjetividade do réu. A história do réu conta nessa hora, a história do réu não conta na primeira fase, que é o juízo de incriminação, se ele incorreu ou não incorreu em delito. Na segunda fase, da apenação, a personalidade dele conta, a personalidade dele, diz o artigo 59, conta. O histórico de vida conta nesse segundo momento. O Código Penal, no artigo 59, lista oito vetores para que a pena seja aplicada por modo individualizado. Não quantifica, em termos de pena, numericamente mesmo, nenhum dos vetores, pena mínima ou pena máxima. Para nenhum desses oito vetores, o Artigo 59 avança uma aritmética. Então há um espaço de subjetividade para o juiz e o juiz fica preocupadíssimo com isso. Porque o juiz gosta de ser objetivo, para depois não ter remorso, para incidir o menos possível em erros. Quando os parâmetros são todos objetivos, a possibilidade de erros é muito menor. Quando são subjetivos, a possibilidade de erros é maior, suas antipatias e simpatias inconscientes, chamadas de gratuitas, elas afloram nesse momento da dosimetria.
Para chegar a um denominador comum em termos de dosimetria, é algo trabalhoso. Muitas vezes é algo, sem trocadilhos, penoso. O público não sabe disso quando não há a transparência, ou seja, o julgamento não é exibido pela televisão ou pela internet, o produto já chega para o público pronto. Agora não, é um produto que, para atingir o seu ponto de perfazimento, passa por fases que são discussões até acaloradas, como temos visto nas sessões.
Renata Lo Prete - O senhor foi uma das pessoas que mais se empenhou para respeitar os direitos de todos, os prazos, para que esse julgamento se realizasse este ano. Lhe dói não proclamar esse resultado?
Carlos Ayres Britto - Não, não dói, porque as coisas não se passam de acordo com a nossa vontade do ponto de vista arbitrário. O importante era julgar esse processo, porque os fatos aconteceram há mais de sete anos. A denúncia foi recebida há mais de quatro anos e temos mais de um ano, começo de junho, quero crer, nós já tínhamos um ano de completada a fase de instrução criminal. O processo estava completamente pronto. Então que desculpas nós tínhamos para não julgar? Quando chegavam para mim e diziam 'Mas ministro, para que julgar?', eu dizia: 'E por que não julgar?'. Basta lembrar que a lei diz assim: ultimada a instrução, o processo criminal, sobrevem o julgamento. Então, era preciso julgar, por dever nosso. Condenar, absolver, isso é contingencial, isso vem como consequência do julgamento. Agora, era preciso julgar. E nove ministros assim concluíram unanimemente.
Renata Lo Prete - Mais de três meses do julgamento, quase quatro, olhando para trás, desde agosto, se o senhor tivesse que lembrar de um momento difícil...
Carlos Ayres Britto - Houve momentos difíceis, que eu encaro com certa naturalidade e chamo isso de intercorrências, de acidentes de percursos. O que não pode haver é pane. Esse substantivo pane é até do ministro Gilmar (Mendes). Não pode haver pane processual, impasse processual.
Renata Lo Prete - Se tivesse que lembrar alguma coisa...
Carlos Ayres Britto - Logo no começo, na primeira sessão, nós ali nos bastidores, combinamos sim, que a metodologia prevalecente seria a do relator, como sempre foi na história do Supremo Tribunal Federal e de qualquer tribunal. O presidente da casa preside o julgamento, preside as sessões, mas quem preside o processo é o relator. Então, houve uma resistência, conhecida, a que a metodologia de julgamento do relator preponderasse, prosperasse. Mas nós conseguimos resolver isso. Porém, no momento subsequente, já em plena sessão, quando o ministro relator anunciou sua metodologia, o ministro revisor se opôs, e aí houve um momento de muita fricção, de muita tensão. Eu tive que dizer, junto com o ministro Celso de Mello, por exemplo, 'então cada ministro vota com sua própria metodologia'. Foi o modo de sair do impasse.
Porém, o ministro revisor, um pouco mais além, algumas horas depois, anunciou que se submeteria, acertadamente, à metodologia do relator, que foi a metodologia do fatiamento, dos temas e dos réus segundo a ordem da denúncia. Foi lógico isso, o ministro Joaquim Barbosa teve esse extraordinário mérito de adotar o método adequado para essa causa. Além de outro mérito, que a história vai registrar: o ministro Joaquim Barbosa agiu como um legista, fazendo a autópsia, no caso dos fatos. Ele reconstituiu materialmente os fatos por uma forma absolutamente fidedigna e fez um link entre os fatos, na sua ocorrência, na sua fenomenologia e os respectivos autores e partícipes.
Renata Lo Prete - Muitos momentos de atrito de grande tensão no Plenário. O senhor acha que somente sendo um algodão para conseguir conduzir os trabalhos?
Carlos Ayres Britto - A metáfora do algodão entre cristais é perfeita no sentido de que, quando a taxa de cordialidade sobe, a taxa de gentileza, cortesia, de atenção de um colega para os demais, o processo flui. Chega a ser uma técnica de gerenciamento de conflitos. Há um livro da jornalista Leila Ferreira que diz exatamente isso, que a cordialidade em ambientes coletivos de trabalho se torna um fator de eficiência. E como o processo é marcha, não é contra marcha, processo é um seguir adiante, é um mandar para frente, termina sendo um andar para a cima, porque tudo se ajeita e se ajusta. Eu me esforcei para que a taxa de cordialidade entre os ministros permanecesse alta.
Renata Lo Prete - Algumas pessoas achavam que, porque a maioria dos ministros da atual composição da corte foi indicada durante o mandato do então presidente Lula, do PT, partido que tem alguns dos principais réus da ação penal 470, os ministros se comportariam de outra forma, o julgamento não produziria condenações. O que o senhor tem a dizer sobre esse pensamento?
Carlos Ayres Britto - É preciso separar as coisas, entender bem a natureza das coisas. O cargo de ministro do Supremo, não é cargo em comissão, nem é função de confiança. Cargo de ministro do Supremo é para ser exercido com absoluta independência, a prerrogativa da independência é para ser exercitada a todo instante.
A soberania do judiciário passa por essa coragem, por esse destemor de assumir a própria independência. Gratidão do plano pessoal é uma coisa que deve existir sempre, pela sua chegada aqui, por efeito da indicação do Presidente da República. Cada um dos ministros teve sua indicação e posterior nomeação feitas por um Presidente da República que estivesse no cargo. Agora, não se pode ser grato com a toga. A toga exige de cada um de nós fidelidade às leis e notadamente à Constituição, porque o Supremo é o guardião mor, maior da Constituição. E como a Constituição é o mais legítimo dos documentos jurídicos, porque é produzido não pelo povo, quadrienalmente convocado, a Constituição é produzida pela nação, e nação é um conceito atemporal. Passado, presente e futuro. Nação incorpora da primeira geração, da mais antiga geração a mais atual, a nação é dotada de uma vontade normativa, uma vontade jurídica permanente, e essa vontade jurídica permanente da nação - da nação chega a ser um cacófato, mas é inevitável – essa vontade permanente é derramada na Constituição. E a Constituição depositária da vontade normativa permanente da nação, que é mais do que o povo, ela, a Constituição, governa permanentemente quem governa transitoriamente. Então, a legitimidade do juiz e, sobretudo do ministro do Supremo, decola, arranca do seu apego irrestrito à Constituição. Ele só é grato à Constituição. Unicamente.
Renata Lo Prete - Alguns réus têm atacado as decisões do Supremo de uma maneira bastante ácida. Como o senhor vê? O senhor acha que essas manifestações aceitáveis, adequadas?
Carlos Ayres Britto - Isso faz parte da liberdade de expressão. Eu sou um apologista da liberdade de expressão por haver relatado aquela Adin, Ação de Direito da Inconstitucionalidade, que cominou com o reconhecimento da plenitude da liberdade de expressão em nosso país, da liberdade de pensamento, liberdade de informação e liberdade da expressão lato sensu, criação artística, as descobertas científicas, liberdade de expressão numa maneira mais geral possível. Então, criticar o Supremo é válido. Aplaudir também é válido. Isso não me tira do sério, não me tira do eixo. Eu ouço e respeito os pontos de vistas. Leio, ouço e respeito. Agora, o meu juízo pessoal da conduta do Supremo Tribunal Federal, na condução dessa Ação Penal 470, é um juízo de aplauso. Eu acho que o Supremo tem agido por modo técnico, por modo fundamentado, tem fundamentado, por modo transparente, por modo independente, por modo atual e por modo desassombrado como deve ser.
Renata Lo Prete - Nisso, qual que o senhor acha que é o principal legado do julgamento da Ação Penal 470?
Carlos Ayres Britto - O Supremo Tribunal Federal vem interferindo no curso da vida, Renata. Isso é fato. Eu aplaudo as decisões que o Supremo tem tomado, inclusive nessa, da Ação Penal 470, que sinaliza, que traduz um vislumbre pelo menos de virada de página na direção de um Brasil com melhor qualidade na vida política, e que abomina, excomunga a formação de alianças partidárias ou parlamentares, à base de propina e de outros crimes, lavagem de dinheiro, por exemplo, evasão de divisas, peculato. É uma postura do Supremo que me parece rigorosamente técnica, porque fiel à Constituição, que é um documento técnico. Do ponto de vista jurídico ele é um documento técnico, e uma decisão que corresponde a anseios coletivos. Não que o Supremo seja submisso, seja escravo, seja refém da opinião pública, não se trata disso. Mas quando uma decisão do Supremo Tribunal Federal coincide com um pensar coletivo mais profundo, mais legítimo, é a glória, porque aí se dá a conciliação da vida com o direito. E quando o juiz percebe que está conciliando o direito com a vida, a vida mais arejada desses pontos de vista ético, ecológico, democráticos, cívico, o juiz percebe que ser juiz é mais do que um meio de vida, é uma razão de viver.
Renata Lo Prete - Saindo um pouco da Ação Penal 470, eu queria falar um pouco sobre casos importantes dos quais o senhor tratou, que o senhor relatou, durante os seus quase dez anos como ministro dessa casa, casos como o da Raposa Serra do Sol, da união homoafetiva, das pesquisas com célula-tronco, a Lei de Imprensa. O que o senhor diria que foi o seu trabalho mais importante ou os seus trabalhos mais importantes na corte?
Carlos Ayres Britto - Eu diria que a mais importante de todas as decisões foi a que deu pela plenitude da liberdade de imprensa. Por quê? Porque pela liberdade de imprensa ocorre no país o que há de mais importante, mais essencial, quem quer que seja pode dizer o que quer que seja. Responde pelos excessos que cometer, mas não pode ser podado por antecipação. Ou seja, não é pelo medo do uso, pelo medo do abuso, não é pelo temor, pelo receio do abuso que se vai proibir um uso. A liberdade de expressão está na linha de largada da democracia, e a democracia, que é o princípio dos princípios da Constituição de 1988, é a menina dos olhos da Constituição. O princípio estruturante do estado, da sociedade, do governo, da administração, não é dizer, como outro dia eu vi um governante sul-americano dizer equivocadamente: ‘A democracia não é incompatível com a liberdade de imprensa’. Não é isso. O certo é: não há democracia sem liberdade de imprensa.
Renata Lo Prete - Saindo agora do seu legado como ministro, vamos falar um pouco do seu período na presidência, eu fui pesquisar, salvo engano meu, me corrija se eu estiver enganada, só dois presidentes tiveram um período mais breve do que o seu no comando do Supremo. O que o senhor gostaria que ficasse como a marca da sua presidência no Supremo?
Carlos Ayres Britto - Eu acho que o maior exemplo, vamos dizer, a melhor pregação que tentei fazer é dar essencialidade e superioridade absoluta da democracia. Agora, no âmbito da democracia com relevo para a atuação do poder judiciário, por ser o poder judiciário, a âncora definitiva de confiabilidade do corpo social em que a sua Constituição e todo o direito, Constituição e leis em geral, serão respeitadas. Constituição e leis em geral. Só o judiciário, num regime democrático, antes de tudo democracia, conceituada como geminada à liberdade de imprensa, irmã siamesa da liberdade de imprensa. Só no âmbito da democracia é que se tem um poder judiciário soberano, ocupando o espaço da soberania para vetar e sancionar o que estiver de acordo com a ordem jurídica. Vetar o que estiver em desacordo. Sancionar o que estiver, sancionar positivamente, afirmativamente, o que estiver de acordo com a ordem jurídica.
Renata Lo Prete - O senhor já teve uma experiência em política partidária, já foi candidato uma vez. O senhor admite a possibilidade de voltar a enveredar por esse caminho?
Carlos Ayres Britto - Não. Não. O livro da vida ensina a virar páginas. Lógico, né. Senão não seria o livro da vida. Essa página está virada. Eu não volto para a vida político-partidária. Eu vou cuidar de escrever, de ler, seja na área jurídica, seja poética, seja até com alguns experimentos holísticos, quem sabe. Mas político-partidária não.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Bateu uma saudade imensa.... resolvi lembrar NERUDA



CONFESSO QUE VIVI - PABLO NERUDA
“Talvez não tenha vivido em mim mesmo, talvez tenha vivido a vida dos outros.
Do que deixei escrito nestas páginas se desprenderão sempre – como nos arvoredos de outono e como no tempo das vinhas – as folhas amarelas que vão morrer e as uvas que reviverão no vinho sagrado.
Minha vida é uma vida feita de todas as vidas: as vidas do poeta.”

Pablo Neruda
Confesso que Vivi é o título de um dos livros do poeta Chileno Pablo Neruda. O título diz quase tudo. Vale a pena ler.


Pablo Neruda

AQUIDAUANA: Mala Preta” pode definir futuro de Fauzi

Com uma série de processos tramitando na Justiça, sob a acusação de malversação e desvio de verbas públicas, o prefeito reeleito de Aquidauana, Fauzi Suleiman (PMDB), poderá ser afastado do cargo durante a sessão ordinária a ser realizada amanhã pela Câmara Municipal da cidade, que se reunirá sob a presidência do vereador Tião Sereia.

Prefeito de Aquidauana, Fauzi Suleiman (PMDB)
A administração do prefeito peemedebista vem sendo investigada pelo Ministério Público Estadual, que em setembro último deflagrou, em conjunto com o Gaeco-Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado - a Operação Parajás, ocasião em que cinco pessoas, entre secretários e assessores de Fazi, foram recolhidas ao presidio local sob a acusação de desvio de verbas dos cofres municipais.

Mesmo não tendo maioria na Câmara Municipal, o prefeito está confiante na rejeição do pedido formulado para afastá-lo do cargo, enquanto na cidade circulam boatos da existência de uma “mala preta” que seria utilizada para convencer possíveis opositores. Da mesma forma que o prefeito toma as suas “providencias”, seus adversários dizem estar acompanhando de muito perto as movimentações financeiras de pessoas ligadas ao prefeito, dentre os quais um empreiteiro de obras altamente beneficiado durante o mandato do peemedebista, que é muito ligado ao senador petista Delcidio Amaral.  

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

ORGULHO DE TER VOTADO NO MELHOR


 

Valdir Cardoso
 
 
Bom dia - meio atrasado né? - ocorre que eu estava retirando os adesivos do meu candidato do carro, para evitar constrangimentos, pois quando fui à padaria logo nas primeiras horas do dia, passou um idiota com um carro com enorme número 11, possivelmente adesivado depois da vitória do Bernal, disparando xingamentos impublicáveis. Entendo que aqueles que não sabem comemorar a vitória com dignidade não merecem vencer. Àqueles que votaram 15 eu faço um pedido sincero: vamos encarar o insucesso nas urnas como um fato normal no sistema democrático e vamos mostrar que não temos mágoa, apesar de Campo Grande ter perdido a oportunidade de conhecer o Edson Giroto como gestor de fato, pois todo o seu trabalho anterior foi feito a sombra dos titulares e ele só foi escolhido por ser portador de dois atributos que faltam a muita gente: Competência e humildade, o que lhe permitiu receber o apoio até de alguns que passaram o tempo todo caluniando-o. Orgulho-me do voto que coloquei na urna, assim como aqueles que escolheram o vencedor devem agir da mesma forma, com o mesmo entusiasmo e dignidade.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Como Lewandowski julgaria Hitler...

muito bem escrito!
 
"Senhores, não existem filmes, fotos, nem testemunhas de Hitler abrindo registro de gás em campos de concentração, nem apertando o botão de uma Bomba V2 apontada para Londres, pilotando um caça Stuka, dirigindo um tanque Panzer, disparando um torpedo de um submarino classe U-Boat sobre seu comando a navegar no Atlântico ou mesmo demonstrando habilidades no manuseio de um canhão antiaéreo Krupp, manipulando uma metralhadora MP40, uma pistola Walther P-38 ou simplesmente dirigindo um jipe Mercedez Benz acompanhado do general Von Rommel pelos desertos do norte da África.
Por isto, parece claro que não existe nada a incriminá-lo. Com certeza, ele não sabia de nada. Não via nada. A oposição diz que foram queimados documentos incriminatórios importantes, mas nada, absolutamente nada foi comprovado, apenas evidenciou-se a existência de cinzas e destroços por todos lados que somente foram trazidos com a chegada dos americanos e russos que não fazem parte da peça de acusação do proceso entregue pelo "Parquet"; o Sr. Procurador.
Afinal, ele seria apenas um Chanceler e presidente do Partido Nazista; ou seja. ele não passava de um mequetreque. Jamais foi pego, ou mesmo visto transportando armamentos debaixo dos braços (tipo pão francês) ou carregando pacotes de dinheiro nas cuecas.
Alguns relatos que citavam seu nome eram meros registros de co-réus, como alguns membros da Gestapo, os quais, por conseguinte, são carentes de confiabilidade.
Outros relatos são de inimigos figadais - os denominados "Países Aliados" e assim longe de merecerem qualquer relevância para serem tomadas como fundamentos de acusação.
Alguns o acusam de ter invadido Paris e desfilado sob o Arco do Triunfo. Esta é mais uma acusação inventiva dos opositores. Ele apenas foi visitar seu cordial amigo o General De Gaule que infelizmente havia viajado para o sul da França. Ele então, teria apenas aproveitado a sua viagem para passear e fazer compras na Avenue de Champs Elisées com seus amigos. Qualquer outra conclusão é mera ilação ou meras conjecturas que atentam a qualquer inteligência mediana. Por aí, vemos que nada, contribui para a veracidade das acusações.
Não afasto a possibilidade dele ser o suposto mentor intelectual, mas nada, repito, nada consubstancia esta hipótese nos autos. E olha que procurei em mais de 1 milhão e 700 mil páginas em 10.879 pastas do processo.
E não podemos esquecer que ele foi vítima de diversos atentados que desejavam sua morte, articulados pela mídia e pelas potentes e inconformadas forças conservadoras. Seus ministros como Goebels, Himmiler, Rudolf Hess e outros também nada sabiam. Eram coadjuvantes do NADA; sem nenhuma responsabilidade “de facto".
O holocausto talvez tenha sido um suicídio coletivo ao estilo do provocado há anos nos EUA pelo Pastor Jim Jones. É, ainda hoje, um tema controverso. Assim trago aos pares, como contraponto, a tese defendida pelo notório filósofo muçulmano, Ahmadnidejah, que garante a inexistência de tal desgraça da humanidade.
Assim - já estou me dirigindo para encerrar meu voto Sr. Presidente - afirmando acreditar que todos eles foram usados, trapaceados por algum aloprado tesoureiro de um banco alemão que controlava financeiramente a tudo e a todos; especialmente os projetos políticos e as doação corruptivas. E tudo em nome da realização de um plano maquiavélico individual de domínio total que concebeu e monitorava do porão da sua pequenina casa nos Alpes.
Enfim, depois de exaustivas e minuciosas vistas nos autos, especialmente nos finais de semana, trago aos pares novos dados que peço ao meu colaborador Adolfo para distribuir a todos. Depois desta minha "assentada" declaro a improcedência da ação, inocentando por completo o réu por falta de provas. É como voto, Sr. Presidente."

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Não acredite em Pesquisas


 Neste momento tenso que antecede a escolha do futuro prefeito de Campo Grande, tanto para os eleitores do Edson Giroto e do outro, é bom rir um pouco só para descontrair. Esta “profunda análise” recebi através de ...
Foto: Não acredite em Pesquisas

Neste momento tenso que antecede a escolha do futuro prefeito de Campo Grande, tanto para os eleitores do Edson Giroto e do outro, é bom rir um pouco só para descontrair. Esta “profunda análise” recebi através de Email, postada por um grande observador político. Só não vou revelar o nome do autor da “façanha” por se tratar de uma figura pública altamente admirada, dando apenas uma dica, as iniciais do seu nome: JS, conhecido popularmente como “O Cachorrão”: Vamos aos “fatos”:

As pesquisas são manipuladas e não refletem a tendência do eleitorado.

Realizei um levantamento por conta própria, chamado "trekking", que é uma

consulta por telefone e concluí que ‘a próxima Prefeita vai ser minha mãe.’

Vejam o resultado:

Telefonei para 1.253 pessoas entre duas e quatro horas da madrugada e
perguntei;

- EM QUEM VOCÊ VAI VOTAR PARA A PREFEITURA?

98% dos entrevistados responderam:

- NA PUTA QUE TE PARIU!!!!

Somente 2% disseram:

- NO CORNO DO SEU PAI!!!!Email, postada por um grande observador político. Só não vou revelar o nome do autor da “façanha” por se tratar de uma figura pública altamente admirada, dando apenas uma dica, as iniciais do seu nome: JS, conhecido popularmente como “O Cachorrão”: Vamos aos “fatos”:

As pesquisas são manipuladas e não refletem a tendência do eleitorado.

Realizei um levantamento por conta própria, chamado "trekking", que é uma

consulta por telefone e concluí que ‘a próxima Prefeita vai ser minha mãe.’

Vejam o resultado:

Telefonei para 1.253 pessoas entre duas e quatro horas da madrugada e
perguntei;

- EM QUEM VOCÊ VAI VOTAR PARA A PREFEITURA?

98% dos entrevistados responderam:

- NA PUTA QUE TE PARIU!!!!

Somente 2% disseram:

- NO CORNO DO SEU PAI!!!!
 
 




terça-feira, 9 de outubro de 2012

PT APELA PARA A OPERAÇÃO “ CAVALO DE TROIA”


Chamuscado pelas condenações de algumas de suas estrelas, por crimes de lavagem de dinheiro, corrupção ativa e até formação de quadrilha no processo do mensalão, o PT não “entrega os pontos” mesmo depois de receber um duríssimo recado do eleitorado de Campo Grande, quando candidato do Partido, deputado Vander Loubet, ficou com magros e insignificantes 4,88% dos votos do eleitorado da capital sul-mato-grossense. Só sobrou ao PT a possibilidade de aportar no comando da Prefeitura através de uma operação denominada “CAVALO DE TROIA”.

Senador Delcídio Amaral Foto Cleber Gellio/midiamax.com


Um exemplo claro foi dado pelo senador Delcídio Amaral, a mais destacada figura da campanha de Vander Loubet, principalmente pela ausência, e até por ter recebido acusações veladas de que estaria trabalhando por outros candidatos, nada contribuindo para um melhor desempenho do petista na disputa pela prefeitura da Capital, que não ficou constrangido ao comemorar agora a boa votação do tucano Reinaldo Azambuja. Tudo isto, analisam os petistas revoltados com as costumeiras “trairagens” do senador, por conta do desejo de prejudicar o grupo liderado pelo ex-governador e vereador eleito Zeca do PT.

Depois de apoiar abertamente o candidato Hélio Pelufo (PSDB), cuja derrota é atribuída à forte ligação do prefeito tucano Flavio Kayatt com o senador petista, Delcídio andou sofrendo revezes em vários municípios, sendo lembrado ainda que ele tentou “melar” a candidatura do vitorioso petista Paulo Duarte em Corumbá, que se elegeu com expressiva votação e sem o apoio do grupo liderado pelo “correligionário”, que cruzou os braços sob a alegação de que seus integrantes estariam envolvidos na preparação da campanha de Delcío Amaral ao Governo do Estado em 2014. Caso concreto é o do vereador Marquinhos Souza, que desistiu da reeleição para não participar da campanha de Duarte.

Em Campo Grande, onde o senador tenta se agarrar à votação um tanto volátil do malufista Alcides Bernal (PP) e até à também expressiva aceitação do nome do deputado Federal Reynaldo Azambuja, do PSDB, como se 70% do eleitorado campo-grandense estivesse ao lado do PT, praticamente riscado do mapa eleitoral da capital devido às ações entreguistas do “senador de todos”.

BERNAL, O CAVALO DE TROIA?

Apesar do deputado Alcides Bernal já contar com uma equipe encabeçada pelo ex-prefeito de Corumbá Ricardo Cândia, preso e acusado de chefiar uma quadrilha que assaltou os cofres da Prefeitura de Campinas/SP, durante a administração do prefeito cassado, o também corumbaense Dr. Hélio, tanto o PT do Delcídio como o PT de José Orcírio disputam espaço nas entranhas da coordenação do candidato que vai disputar o segundo turno com Edson Giroto, do PMDB. Entre os petistas, a decisão de apoiar Bernal ganhou o sugestivo título de “OPERAÇÃO CAVALO DE TROIA”. Como descobriram que não têm votos para conquistar a Prefeitura de Campo Grande tentarão com seus 4,88% dos votos embalar o “progressista” para assumir o comando da gestão financeira da Capital sul-mato-grossense, mesmo que tenham que dividir espaço com o ex-prefeito de Corumbá, bem posicionado na campanha de Bernal.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

O QUE QUE É ISSO, COMPANHEIRO?


 

 

Diante do já anunciado apoio do ex-governador e vereador eleito Zeca do PT ao candidato Alcides de Jesus Bernal (PP) para a disputa do segundo turno em Campo Grande com o peemedebista Edson Giroto, analistas de plantão já fazem conjecturas sobre o que o PT, recusado nas urnas, poderá pedir em troca do apoio do vereador no pleito.

No mínimo algumas importantes secretarias serão negociadas com o PT de Zeca e do senador Delcídio Amaral, caso o correligionário de Paulo Maluf e Pedro Henri consiga obter êxito na disputa pela sucessão do prefeito Nelsinho Trad.

Como ficou claro durante toda a campanha e confirmado pelo próprio deputado Bernal, ele não possui quadro suficiente para preencher o secretariado com pessoas competentes ou no mínimo experientes, caso que o Partido dos Trabalhadores tem de sobra, pois aqueles petistas que chegaram ao poder em 1999, com a eleição de José Orcírio, pilotando “possantes Fiat 147”, que eles chamavam de “Fiete”,  ou “modernos corcel 75”, passaram oitos anos se especializando em diversos setores da administração pública, quando revelaram serem verdadeiros mestres em gestão financeira, pois no curto espaço de tempo deixaram o Governo na condição de empresários de sucesso e seus veículos se transformaram em carrões importados, além de deixarem a periferia para residir em mansões dignas de um ganhador da Mega Sena.

O rol de nomes que o PT poderá colocar do candidato Bernal, caso o malufista vença o segundo turno, pode ser facilmente identificado, dentre os alguns daqueles envolvidos no escândalo denominado “Farra da Publicidade”, dentre os quais Ronaldo Franco, o Ronaldinho, que ao lado Agamenon do Prado, vulgo “Agá”, mestre em gerenciar convênios com verbas do FAT –Fundo de amparo ao Trabalhador- que ele manipulou com genial maestria.

Como o senador Delcídio Amaral, cuja assessoria local é muito fraquinha e não tem nenhuma ligação de amor com Campo Grande, ele poderá trazer algum colaborador do interior. Nada é impossível para aquele que já no 1º turno deixou o “companheiro” Vander a ver navios, abastecendo, possivelmente com ideias, a campanha do deputado Bernal, e ter sido derrotado na tentativa de abortar a candidatura vitoriosa de Paulo Duarte em Corumbá, enquanto tirava do bolso do colete o nome de Sudalene Machado, esposa do contraventor “Meia Água”, para disputar a prefeitura de Ponta Porã, cujo processo não logrou êxito devido à expulsão da ágil senhora das hostes petistas, por decisão do diretório nacional do Partido.

Rechaçado nas urnas pelos eleitores de Campo Grande , quando o antigo campeão de votos, Vander Loubet, obteve apenas 4,87 do total dos sufrágios válidos, o PT tenta agora, através de Bernal, ajudar o inexperiente parlamentar a administrar uma cidade com quase um milhão de habitantes e um orçamento anual de em torno de três bilhões de reais.

Se de graça o PT não apoia ninguém e isto ficou comprovado com a ausência da famosa militância petista na campanha do sobrinho de José Orcírio, porque os abastados “companheiros caciques” iriam sujar a sola do sapato (cromo alemão) nos bairros da capital para colocar “cereja no bolo” do falso messias Alcides Bernal?

  

 

  

 

Coringa das Moreninhas é destaque no G1



O Conjunto habitacional Moreninhas, maior bairro de Campo Grande, amanheceu comemorando um fato inédito em sua história iniciada em 1982, quando o ex-governaor Pedro Pedrossian entregou as primeiras 1300 casas populares construidas na hoje populosa região, isto porque jamais havia conseguido eleger um vereador, apesar do expressivo número de eleitores do bairro. A comemoração foi dupla porque as "Moreninhas" agora contam com dois representantes entre os 29 eleitos no domingo: Chiquinho Telles e Ademar Vieira Junior- O CORINGA - foram eleitos pela legenda do PSD e igualmente são ligados ao deputado estadual Marquinhos Trad (PMDB).
Além de ser eleito, Coringa é destaque em matéria G1 na matéria intitulada: "Batmans" fracassam mas CORINGA é eleito", com direito a foto no site da Rede Globo.   

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

PESQUISA PARA VEREADDOR É FAJUTICE

 
Pesquisas eleitorais que circulam até nos meios de comunicação, que apontam a tendência de preferencia do eleitorado campo-grandense em relação aos mais de 500 candidatos a vereador que disputam as 29 cadeiras na Câmara Municipal feitas entre apenas 500 votantes em um universo de aproximadamente 500 mil com direito a voto, não representa coisa nenhuma, como avaliação do desempenho dos candidatos.

Leva vantagem, se a pesquisa for séria, apenas aqueles candidatos que possuem um forte reduto eleitoral e não têm abrangência geral, fator que nem o mais competente estatístico pode fazer uma avaliação correta e assinar em baixo. O resto é lenda.  

Se o instituto responsável pela pesquisa não for de credibilidade e idoneidade comprovadas, tal apanhado, QUE NÃO TEM NENHUM VALOR CIENTÍFICO, só servirá para ter suas cópias comercializadas com candidatos que não têm acesso a pesquisas feitas com critérios abrangentes, com mais de cinco mil entrevistas, e –mesmo assim- com uma margem de erro muito alta.

Pesquisa para avaliar desempenho de candidatos a vereador neste momento é como um risco na água: não tem nenhum valor, a não ser para a venda de cópias a candidatos inexperientes e para massagear o ego daqueles que parecem na cabeça. Serve, sim, para um faturamento extra nesta época de vacas magras.

HORA DA CHEGADA

A avaliação mais correta é feita no olho levando em consideração os seguintes parâmetros: Larga vantagem para aqueles que estão mais na mídia, dentre os quais os atuais vereadores e aqueles que conseguem espaço nos noticiários e, principalmente os que deixaram reserva de estrutura para investir agora na reta de chegada.

É fácil verificar os postulantes com maiores chances e elaborar uma relação mais próxima da realidade do que confiar em pesquisa com apenas 500 entrevistas. Esta pesquisa, sim, deveria ser proibida pela Justiça Eleitoral porque na verdade tem um só objetivo: faturamento e confundir o eleitor.

         

JOAQUIM NELES!


Se as falcatruas denunciadas em Aquidauana chegarem às mãos do ministro Joaquim Barbosa vai faltar celas especiais nos presidios de Mato Grosso do Sul. Te cuida, prefeito!






terça-feira, 18 de setembro de 2012

DENÚNCIAS: “ONDE HÁ FUMAÇA HÁ FOGO”


Valdir Cardoso (*)

Não nos é permitido aceitar como legítimas as alegações de que as denúncias sobre escabrosas ações que teriam sido praticadas pelo postulante à sucessão do prefeito Nelsinho Trad (PMDB) no comando da Prefeitura de Campo Grande, deputado Alcides Bernal, acusado de estelionato, lavagem de dinheiro, agiotagem e sonegação fiscal, sejam debitadas como parte de uma campanha que visa atingir a honra do candidato do PP.
Creio firmemente que o campo-grandense escolherá aquele que apresenta as melhores condições de governar a cidade,
Muito pelo contrário, porque as denúncias apresentadas pelo professor Sidney Mello (PP), também candidato a prefeito da capital sul-mato-grossense, vem respaldas por documentos comprobatórios e corroboradas pela incisiva acusação do presidente da Cooperativa dos Condutores de Veículos Rodoviários e Táxis, Flávio Panissa, que afirma categoricamente que uma das assinaturas no cheque de R$ 106, 300,00 (Cento e seis mil e trezentos reais), que Bernal tenta receber na Justiça foi falsificada e que a dívida é inexistente e seria uma tentativa do ex-presidente da Cooperativa, Waltrudes Pereira Lopes e do deputado Alcides Bernal de se apropriarem de recursos da entidade.

Neste momento em que o STF vem condenando os quadrilheiros envolvidos no vergonhoso episódio do “Mensalão”, quando o governo do presidente Lula comprava apoio parlamentar, alimentando integrantes da base aliada com elevadas somas desviadas dos cofres públicos, é necessário que o eleitor campo-grandense analise com atenção estas denúncias, pois será escolhido aquele que vai administrar um orçamento superior a R$ 2.000.000.000,00 (Dois bilhões de reais) e que é envolvido em uma tentativa de se apropriar de pouco mais de 100 mil reais poderá fazer um estrago muito grande ao ser galgado à condição de gestor de uma soma tão grande quanto à do orçamento da nossa cidade.

Isto é muito preocupante, porém creio firmemente que o campo-grandense escolherá aquele que apresenta as melhores condições de governar a cidade, como sempre fez, elegendo prefeitos do porte de um Plínio Barbosa Martins, Ludio Coelho, Wilson Fadul, Antonio Mendes Canale, Levy Dias, André Puccinelli, Nelsinho Trad e tantos outros, não irá agora “negar fogo”, permitindo que um populista transvestido de “defensor do povo” assuma o cargo máximo da administração municipal.

Dizer que este assunto só agora veio à tona ocorreu porque o senhor Alcides Bernal é candidato a prefeito pode até ser parte de uma verdade, pois a partir do momento em que o cidadão se dispõe a administrar uma cidade com quase um milhão de habitantes e um gordo orçamento, ele passa a ser observado, passa a ser, de fato, uma figura pública e seus passos, principalmente os em falso, são acompanhados por todos. Um exemplo: se o cidadão Alcides Jesus Peralta Bernal tentasse se apropriar de R$ 100 mil de uma cooperativa de trabalhadores e não ele candidato a prefeito de Campo Grande, o máximo que sairia na imprensa seria uma “materinha” no rodapé da página policial com o seguinte texto: O advogado AJPB teria tentado se apropriar de dinheiro de uma Cooperativa. “O caso está sendo investigado”. E só,mas como ele é postulante ao cargo de prefeito de Campo Grande o assunto ganha uma repercussão maior.

O ALERTA DE UM HOMEM DE BEM: ABILIO LEITE DE BARROS

Depois de deixar a sua Corumbá, membro de tradicional família pantaneira, o advogado, escritor e produtor rural ABILIO LEITE DE BARROS (este nome tem que ser grafado com letras maiúsculas mesmo), fixou residência em Campo Grande no final dos anos 50, onde foi secretário de Educação da administração Plínio Barbosa Martins (1966/1970), publica nesta data um vigoroso artigo no jornal CORREIO DO ESTADO, escrito antes da divulgação das denúncias contra Alcides Peralta Bernal, fazendo um duro alerta aos eleitores da cidade que ele escolheu para residir em companhia da esposa professora Carolina Leite de Barros. Ele, grande escritor que é, deve ter sido inspirado por uma força divina para colocar tão claramente sua opinião já revelada em outros escritos.

Dr. Abílio Leite de Barros inicia o seu artigo, sob o título “O VOTO PUNITIVO”, com a seguinte frase: “Não vote em ladrão! Corrupção é roubo e o ladrão precisa ser punido”, afirmando mais à frente que não é possível esperar o julgamento final de uma investigação através da justiça, ele faz uma proposta: “Proponho aos companheiros, nesta campanha punitiva, que nos guiemos por indícios ou simples suspeitas”.

Como seria bom que todos os eleitores de Campo Grande tivessem acesso ao texto primoroso do Dr. Abílio Leite de Barros. Seja um privilegiado e abra o Correio e veja o artigo.

(*) O autor é jornalista e foi presidente da Câmara de Vereadores de Campo Grande, prefeito da Capital e deputado estadual. É diretor do site

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Qualquer semelhança não é mera coincidência


Valdir Cardoso (*) 

De tempos em tempos aparecem os “Salvadores da Pátria”, com soluções milagrosas para problemas que afligem as populações das cidades de pequeno, grande e médio porte, dos menores e dos mais desenvolvidos Estados da federação, como se fossem superiores, mais inteligentes, mais honestos (como se ser honesto não fosse o dever de cada um) e portadores de uma fórmula mágica que, se eleitos, eliminariam todos os problemas da população, principalmente aqueles enfrentados pelos mais humildes, grupo que tem tudo para acreditar nas promessas dos populistas demagogos que visam apenas e tão somente melhor a própria vida praticando verdadeiros assaltos aos cofres públicos.



Dourados, segunda maior cidade Mato Grosso do Sul, cuja população cosmopolita, formada por descendentes dos pioneiros que implantaram um polo econômico importante para o pleno crescimento de nosso Estado como grande produtor de alimentos que são consumidos aqui e também exportados para as mais diferentes regiões do Planeta, com todo este potencial foi entregue em mãos incompetentes e sujas que mancharam a história política da cidade que já foi chamada de “Município Modelo”, modelo de desenvolvimento, de trabalho e de poder para superar s crises provocadas pela difícil convivência entre habitantes formados por culturas tão diferentes.

Com a eleição de um populista demagogo (Ary Artuzi) que agia como se fosse um homem de bom coração, que se desmanchava em lágrimas em velório de pessoas que ele nunca tinha visto como se fosse um parente muito próximo do pobre defunto, cuja família dependia de auxilio para não ser obrigada a sepultar o seu ente querido em uma vala comum, porque o humilde cidadão não tinha mesmo “onde cair morto”, o Município fundado por Marcelino Pires e berço de famílias tradicionais como os Torraca, Matos, Souza, Martins, Raslan, Azambuja, Câmara, Alves, Almeida, Machado e tantas outras ficou mais para “modelo de corrupção e roubalheira” porque a maioria do eleitorado foi na conversa de um, apesar de semi alfabetizado, bem falante demagogo chamado Ary Artuzi. 

O homem acabou sendo defenestrado do poder por uma ação comandada pela Polícia Federal e acabou preso por determinação da Justiça, que agiu rápido e impediu a continuidade dos atos de corrupção comandados por Artuzi e sua quadrilha que era formada também vários vereadores. 

Isto tudo ocorreu depois que o vivaldino, vendendo uma imagem de “santo e salvador da Pátria” ter sido eleito vereador, por um partido inexpressivo, e deputado estadual por duas legislaturas para então atingir os seus objetivos através do voto popular: ficar com a guarda dos cofres municipais.

Neste ano eleitoral tem candidato a vereador, que desconhece até qual é a função da Câmara Municipal no conjunto da administração pública, prometendo resolver os crônicos problemas da saúde pública, da educação e dos transportes coletivos, mas na verdade só querem mesmo o gordo salário que recebem os representantes do povo.

 Um problema é certo que alguns vão resolver o problema relacionado com seu próprio meio de transporte, deixarão de andar de Ônibus lotados para desfilar em modernos modelos nacionais ou importados. Há também candidatos a prefeito, na nossa ou na sua cidade, até candidatos ao Executivo que nunca administraram nada e só enriqueceram quando se elegeram para ocupar cargo público, se apresentando como “salvadores da pátria”.

É bom que o eleitor de Campo Grande, que sempre votou no melhor, no mais preparado e competente, preste atenção no exemplo de Dourados, que só agora retomou o processo normal, após a eleição de Murilo Zauith, para não entregar o comando da Prefeitura da Capital nas mãos de incompetentes metidos a “donos da verdade e salvadores da Pátria”.

(*) o autor é jornalista e foi vereador, presidente da Câmara, deputado estadual e prefeito de Campo Grande.